quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Louvor Sargento-ajudante Mário Costa


Foi pela voz do Capitão Mário Costa, que me chegou esta história reafirmando só por si o excelente profissionalismo dos nossos pilotos ao voar com máquinas com alguns anos de vida.

Após mais uma missão como normalmente faziam no dia a dia como piloto de caça e quando tudo parecia que iria ser um voo normal, já perto de chegar a Monte Real eis que ele ouve um estrondo no seu próprio avião.

Não sabendo o que lhe aconteceu, continua a voar em direcção à base. Foi nessa altura que o piloto que vinha atrás dele o avisa que tem a lateral da cauda do avião a arder. Estranhando que a única luz de aviso que apareceu a bordo do seu F-86, foi a luz de sobreaquecimento na aérea de fuselagem.

Após uma volta larga para fazer uma aterragem segura, lá consegue aterrar o avião. Ao sair do mesmo foi tentar perceber que tinha acontecido, quando notou que tinha um rombo de mais ou menos 30cm no seu avião.

Ao apurar as causas do que realmente tinha acontecido, verificou-se que algumas palhetas da turbina tinham saído e por pouco não tinha sido obrigado a ejectar-se.
Uns tempos mais tarde recebeu um louvor, que tinha escrito: “ Ao S.A Mário Costa, pela bravura demonstrada e por ter poupado uns largos milhares de contos a Força Aérea”.

Afinal esta história até teve um final feliz, mas no entanto contou-me várias de colegas que não tiveram a mesma sorte. Já pedi para ele começar a fazer uns pequenos diários do que se lembra na altura em que esteve ao serviço da FAP.

Até breve...

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